O perdão

No interior da Inglaterra, existia um casal que morava em uma pequena cidade.
Esse casal tinha um único filho chamado John; John não se dava muito bem com seus pais, principalmente com o pai, ele era um rapaz muito rebelde. Sempre que podia reclamava para sua mãe:
- Esse homem não me permite fazer nada, até pareço seu escravo, ele só me faz trabalhar, não posso nem se quer ir a cidade para ver meus amigos.
John ficou mais velho, e as brigas com seu pai foram ficando piores e mais constantes , e John resolveu sair de casa.
A mãe insistiu:
- Meu filho não vá, vocês vão esquecer essa briga, ela é passageira.
John virou-se para sua mãe e disse:
- Vocês não me amam, vou embora daqui.

John foi para a cidade grande e devido ao trabalho com seu pai, ele conseguiu arrumar um emprego porque sabia uma profissão e assim teve como se sustentar.
Muitos anos se passaram e John casou com uma linda moça. E anos depois teve seu primeiro filho.
Num determinado dia, sua esposa lhe disse que gostaria que os pais dele conhecesse seu filho.
John pensou um pouco e disse:
- Não, meus pais não. Eles não me amam, e não vão querer conhecer nosso filho.
E muitos anos se passaram, eles já devem estar mortos.

Dois anos depois John teve outro filho e quando as crianças estavam brincando o mais velho se aproximou e lhe fez uma pergunta que cortou seu coração:
- Papai, nós só conhecemos o vovô e a vovó, os pais da mamãe.
O senhor não tem papai nem mamãe como nós ?
Naquele instante John resolveu rever seus pais, tentar uma reaproximação.
E antes decidiu escrever uma carta aos pais que dizia:
- Oi. Aqui é o John, eu me casei e tive dois filhos. Eles querem conhecer vocês; não sei se depois desses longos anos vocês me perdoaram. Não sei se vão querer me ver, mas irei visitar vocês com minha família. Se me perdoaram, coloquem um pano branco onde eu possa ver, porque estarei indo de trem, e ele passa bem em frente a casa de vocês e só assim saberei se posso voltar ou não.

John e sua esposa fizeram todos os preparativos, arrumou as malas e as crianças, pegou o trem, mas estava muito nervoso.
- Será que eles receberam a carta? Será que me perdoaram? Será que estão vivos?
Ele não parava de andar de um lado para o outro no trem. E quando chegaram numa estação anterior a de seu destino, John não conseguia mais se conter, ele suava frio. O trem saiu e John grudado na janela, como a uma criança não via a hora de chegar a sua antiga casa.

O trem entrou em uma curva e John sabia que depois daquela curva ele conseguiria ver a casa de seus pais.
- Após esta curva conseguiremos ver a casa do vovô e da vovó, disse John.
O trem terminou a curva e John e sua família pôde ver a casa. Ela estava cheia de lençóis brancos, nas cercas, nas janelas e o mais comovente, um casal de velhinhos acenando com lenços brancos para o trem em sinal do perdão a seu filho.
(Autor Desconhecido)

"Nunca é tarde demais para se pedir perdão e viver o que se é mais precioso: a amizade uns com os outros. Não desperdiçe a sua vida... Perdoe e receba a Liberdade!" (Thiago Shaykovisky)


Read Users' Comments ( 0 )